3ªmeta: Promover a igualdade entre os sexos a autonomia das mulheres

17-08-2010 14:30

  Sexo frágil?

Gradativamente, a mulher tem consolidado seu espaço no cenário mundial. Pelo processo histórico, essa conquista foi obtida após anos sofridos de preconceito e humilhação pelas idéias machistas sob as quais a sociedade estava fundamentada.

  Uma das oito metas do milênio da ONU é a Igualdade entre os sexos e a autonomia feminina. Infelizmente, esse apelo tem sido parcialmente ignorado nos países em que mais se faz necessário. 

 A voz feminina vem sendo explicitamente sufocada por nações, especialmente asiáticas e do oriente médio, que se auto-afirmam emergentes ou desenvolvidas. Paralelamente, muitas mulheres têm sofrido agressões físicas e verbais diretas ao “ousarem” lutar pela equidade de direitos e pela inserção no convívio social. Há ainda situações em que as vítimas, apreensivas de estar indo de encontro com os princípios da sua cultura e religião, aceitam todas as formas de subjugação. 

 Para motivo de orgulho, existem também aquelas que, apesar de terem sido abusadas, violentadas, subestimadas ou receberem valores insignificantes para a atividade que desempenham, não se intimidam a ponto de desistir da luta contra as barreiras impostas pela sociedade machista e ideologicamente atrasada em que vivem.

  Num passado não muito remoto, resgata-se o valor de Maria Quitéria, Olga, Chiquinha Gonzaga, Joana D´arc e Maria Montessori, por exemplo. Além da censura da época e a denominação de Sexo Frágil não terem as impedido de lutar pelo que acreditavam, essas pioneiras introduziram a importância da mulher no contexto social.

  No Brasil, o cenário eleitoral brasileiro vive algo inédito: duas mulheres como favoritas à presidência da republica. Por outro lado, a valorosa lei Maria da Penha, que tem como função proteger as mulheres contra qualquer tipo de violência, não tem surtido os efeitos desejados, ora pela falta de denúncia, ora pela ineficácia das punições encaminhadas.

  Mundialmente, constata-se a pluralidade de pontos de vista sobre o assunto mesmo entre o sexo feminino. Enquanto algumas acreditam que o correto é permanecer restringindo-se à projeção de castidade, fidelidade e fragilidade como fizeram suas antecessoras,  outras defendem veementemente a importância da inserção e consolidação da figura feminina em todos os âmbitos sociais.